Alagoinha

Pernambuco - PE

Histórico

Na segunda metade do século XVIII, João Antunes Bezerra adquiriu por compra de

portugueses residentes em Brejo da Madre de Deus, a propriedade de Alagoinha, que fazia

parte das sesmarias que lhes pertenciam, pela quantia de 80$000.

Acompanhado de sua esposa e de dez escravos o referido proprietário transferiu-se da

localidade Tará, de onde era natural, para Tingui, na encosta sul da serra da Alagoinha.

Em 1790, Gonçalo Antunes Bezerra, irmão mais moço de João Antunes Bezerra,

conhecido boiadeiro da região, casa-se com moça de boa família na cidade de Vitória de

Santo Antão, fixando residência ali por quatorze anos. Em 1804, por não se sentir bem de

saúde, resolve voltar e compra por 100$000 a propriedade do irmão que por se sentir

velho, manifesta desejo na volta do irmão, desejando que o mesmo passasse a residir perto

dela.

De posse da vasta propriedade, Gonçalo Antunes construiu a primeira casa na

localidade, dando início assim à fundação do povoado que se tornaria mais tarde uma

florescente vila.

Em 1826, Gonçalo Antunes Bezerra toma a iniciativa de construir um altar numa das

dependências de sua residência, destinado às orações dos seus familiares e vizinhos. Um

padre celebrava ali a Santa Missa, fazia batizados e casamentos. Com a chegada da

imagem de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da localidade, completa-se o desejo do

proprietário, no sentido de ampliar o espírito religioso dos habitantes.

Em virtude do falecimento em 1833 de Gonçalo Antunes de Bezerra, seus filhos Luiz

Paz Bezerra e João Paz Bezerra fizeram a doação do terreno em que estava fundada a

povoação, a Nossa Senhora da Conceição.

O topônimo é proveniente da existência de pequenos tanques, poças, calderões e

lagoas, que se encontram nos vastos lajados nas vizinhanças da sede do município.

Gentílico: alagoinhense



Formação Administrativa:

Distrito criado com a denominação de Alagoinhas, por lei provincial nº 1408, de 12

05-1879 e por lei municipal nº 1, de 25-11-1892, subordinado ao município Cimbres.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Alagoinha figura

no município de Cimbres.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Alagoinha figura

no município de Pesqueira ex-Cimbres.

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1963 e 31-XII-1937.

Elevado à categoria de município com a denominação de Alagoinha, pela lei

estadual nº 421, de 31-12-1948, desmembrado de Pesqueiras. Sede no antigo distrito de

Alagoinhas. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-02-1949.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído do distrito

sede.

Pela lei municipal nº 12, de 23-09-1953, é criado o distrito de Perpétuo Socorro e

anexado ao município de Alagoinha.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído de 2 distritos: Alagoinha e Perpétuo Socorro. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960. Pela lei estadual nº 4997, de 20-12-1963, desmembra do município de Alagoinha o distrito de Perpetuo Socorro. Elevado à categoria de município. Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede.

Pelo acórdão do Tribunal de Justiça mandado de segurança nº 57/05, de 27-08-1964, é extinto o município de Perpétuo Socorro, sendo seu território anexado ao distrito sede de Alagoinha.

Em divisão territorial datada de 1-I-1979, o município é constituído de 2 distritos: Alagoinha e Perpétuo Socorro. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2003.



Fonte: IBGE



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