Negócio da Telexfree não é sustentável, afirma Ministério da Fazenda
Empresa não tem autorização para vender produtos nem oferecer telefone por internet
O negócio Telexfree, de venda de pacotes de telefonia pela internet (VoIP, na sigla em inglês), não é sustentável e sugere um esquema de pirâmide financeira, o que é crime contra a economia popular. Esta é a conclusão da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (Seae/MF) em comunicado divulgado nesta quinta-feira (14).
A Ympactus Comercial LTDA., responsável pelo negócio, também não tem parcerias com operadoras de telefonia móvel ou fixa, o que seria necessário para garantir a oferta dos serviços de VoIP, nem autorização para praticar atividades de comércio, diz a Seae. De acordo com o órgão, há indícios de duas irregularidades: estímulo à economia informal e exigência de exercício de duas atividades, divulgador e comerciante, para o recebimento de apenas uma.
As conclusões da análise feita pela secretaria serão encaminhadas à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público Federal (MPF).
Advogado rebate alegações
O advogado da empresa, Hosrt Fuchs, rebate as conclusões da Seae. Sobre a sustentabilidade do negócio, afirma que "os preços das contas VoIP já embute a remuneração aos divulgadores" e que "não há oferta de ganhos altos e rápidos".
"O pagamento de comissões é proporcional às vendas dos pacotes VoIP, sendo de 1 a 2% do total do preço do pacote”, diz ao iG .
Sobre a alegação de que a empresa não tem autorização para realizar comércio, Fuchs afirma que a Ympactus "não pratica comércio uma vez que o produto VoIP é entregue pela Telexfree dos EUA", onde a empresa tem uma base operacional. O advogado também diz que não é necessário parceria com operadoras de telefonia no Brasil porque esse contrato existe naquele país.
Notícia em atualização
Fonte: IG
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