Em 1950, foi incentivada por sua irmã Cacilda Becker a trabalhar no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), onde substitui Nydia Licia no papel de Rosa Gonzalez, em “O anjo de pedra”, de Tennessee Williams. Em 1951, foi premiada como atriz-revelação do teatro paulista pela Associação Paulista de Críticos Teatrais (APCT), pela peça “Ralé”, de Maximo Gorki. De 1950 a 1964 participou de 35 montagens no TBC.
Em 1958, ao lado de Cacilda Becker, Ziembinski, Walmor Chagas e Fredi Kleeman, fundou o Teatro Cacilda Becker, com a estreia de “O santo e a porca”, de Ariano Suassuna. Em 1965, após desligar-se do TBC, viveu a prostituta Geni de “Toda nudez será castigada”, a convite de Nelson Rodrigues.
No cinema, Yáconis estreou em 1954, com “Na senda do crime”, de Flamínio Bollini Cerri. Ela ainda atuou em filmes como “A Madona de Cedro” (1968), de Carlos Coimbra; “Parada 88 – O Limite de Alerta” (1977), de José de Anchieta; “Dora Doralina” (1982), de Perry Salles; e “Jogo duro” (1985), de Ugo Giorgetti.
Televisão
Yáconis ingressou na televisão em 1966, na TV Paulista, mas foi na TV Tupi de São Paulo em que apareceu em novelas como “O amor tem cara de mulher” (1966); “Mulheres de areia” (1973) e “Gaivotas” (1979). Na Globo, ela atuou em “Rainha da sucata” (1990), “Vamp” (1991) e “As filhas da mãe” (2001). Em 2006, participou de “Cidadão brasileiro”, da Record.
Quatro anos depois, foi destaque da novela "Passione", do autor Silvio de Abreu. A atriz interpretou a personagem Brígida. Casada com o rabugento Antero (Leonardo Villar), ela tinha um relacionamento misterioso com seu motorista, Diógenes (Elias Gleiser).
Prêmios no teatro
Com mais de 30 peças teatrais, sete longas no cinema – o último “Bodas de papel” (2008) -, e mais de 25 participações em novelas, a atriz teve sua vida relatada no livro "Cleyde Yáconis: Dama discreta" (Coleção Aplauso, Imprensa oficial). Consagrada pelo meio teatral, em 2003, conquistou o Grande Prêmio da Crítica da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) pelo conjunto da obra.
Neste mesmo ano, recebeu o Prêmio Nacional Jorge Amado de Literatura & Arte do Governo da Bahia. Em 2005, foi agraciada com a Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura. Por sua interpretação na primeira montagem brasileira de Cinema Éden, de Marguerite Duras, com direção de Emílio Di Biasi, é indicada em 2005 para o Prêmio Shell de Teatro. Em 2006 levou o prêmio de melhor atriz de teatro no Troféu APCA por protagonizar “A louca de Chaillot”, de Jean Giradoux, sob o comando dos diretores Ruy Cortez e Marcos Loureiro.
Sua última aparição no teatro foi em "Elas não gostam de apanhar", montagem de Nelson Rodrigues, que estreou em julho de 2012. Em 2009, foi homenageada com o Teatro Cleyde Yáconis, localizado na zona sul de São Paulo, onde era conhecido antes como Cosipa Cultura
A atriz morreu nesta segunda-feira 15 de abril de 2013. Ela estava internada no hospital Sírio Libanês, na região central de São Paulo. De acordo com a assessoria do Sírio Libanês, ela estava internada desde outubro de 2012.
Informações G1
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